Olá Ana,
Não me perguntes como ou porquê mas hoje lembrei-me de espreitar o teu blog.
Confesso q fiquei comovida!
Evoluiu tanto!!! Atrevo-me a dizer q a tua escrita amadureceu.
De um blog q achava um pouco fútil, li hoje um blog carregado de sentimentos, de desabafos corajosos, sinceros e tão autenticos.
Parabéns! ;)
A escrita é libertadora, como te entendo...
Continua, é um prazer ler-te.
Bjs e felicidades!
Bigadas P. :D...esta semana...compras!!
Wednesday, September 29, 2010
Quando aprendo? Aos trinta... qual quê!!! arrasto-me aqui com um espólio de cabeçadas e nódoas negras, que pouco me ensinaram. é que esta parva nem à força là vai. Tombo e outro tombo. E erro atrás de erro. E daqueles mesmo bonzinhos que deixam marca. Dos que magoam. O que é realmente mau, a minha tragédia grega, é quando aplico esta tabalhoice às pessoas. E nessas que alturas ponho a mão à frente da cara, escondo os olhos envergonhados e olha lá sai um lá-fiz-eu-asneira-outra-vez-para-não-variar-que-gaja-porreira-que-eu-sou-que-só-faço-merda. E pronto, a culpa é minha ai meu Deus que não aprendo. e isso maça-me. E isso não é nada fixe.
Tuesday, September 28, 2010
Tenho uma cidade a emergir da vontade. Uma cidade que não é a minha mas que chama por mim. O querer pisar uma calçada diferente. Descobrir recantos desconhecidos. Andar a pé por ruas geometicas e dessenhadas e encontrar a surpresa em cada esquina. Os gelados do Santini..um rio sem outra margem. Há um encantamento nas pequenas coisas.
queria escrever assim... como se as palavras se desgarrassem da alma. como se me limpassem o espirito. escarradas no monitor. cruas, verdadeiras, grossas e toscas. com a muisca que o espirito imprimisse.
queria dizer ao mundo que sim. que quero. ou que não quero. ou como quero. quero gritar escrevendo ao vento. queria assim que se me levasse esta amargura este fantasma e demonio que em mim carrego. esta criança que se alimenta de ilusões e que se arrasta com a birra. esta mulher que sofre. que sente. na ausencia. na presença. na distancia e na proximidade. quero ser esfinge. limpa e inocente, sabia e conspurcada pela vida que ja tive. quero ser a puta que me apetece. o anjo que tudo sabe. quero que nesta dilectica não se me perca o norte da vida.
queria dizer ao mundo que sim. que quero. ou que não quero. ou como quero. quero gritar escrevendo ao vento. queria assim que se me levasse esta amargura este fantasma e demonio que em mim carrego. esta criança que se alimenta de ilusões e que se arrasta com a birra. esta mulher que sofre. que sente. na ausencia. na presença. na distancia e na proximidade. quero ser esfinge. limpa e inocente, sabia e conspurcada pela vida que ja tive. quero ser a puta que me apetece. o anjo que tudo sabe. quero que nesta dilectica não se me perca o norte da vida.
Monday, September 27, 2010
Para ti,
Sei o que custa o que sentes agora. gosto de ti. respeito-te e tive o teu ombro noutros tantos tombos. Sofro contigo ao ver-te assim. Sofro com a minha impotencia e a amizade não ameniza dor. E não colmata sentimentos. Outros, os outros os que te sugam de ti. Digo-te que passa... vai passar não vais querer saber. Porque hoje doi. Mas tu sabes. E a Mulher (M MAIUSCULO) que és esconde-se atrás da menina que hoje saiu à rua. E queria muito fazer-te ficar melhor, com mimmos e castanhas em Santa Catarina, porque amanha já passou... mas sabemos que não passou... sabemos que só quando cair o Inverno o teu coração vai aquecer. E enquanto isso os silêncios vão continuar. Enquanto isso o telémovel vai continuar a causar-te esperanças vãs sempre que tocar. vais ficar desiludida quando perceberes que afinal não é ele. vais ler e reler mensagens no facebook para lhes encontrares um sentido e vais querer desligar o chat. E só sais à rua quando chve para disfarçar as lágrimas que rolam. vais querer fechar as portas e as janelas que te mostram ao mundo. vais perguntar porque, quantas mais vezes e vais rever a tua vida como um filme..vezes e vezes sem conta para lhe encontrares um sentido... o sentido de ti. porque te perceberam mal. porque foram intolerantes. Porque não se entregou, porque não quiz saber. e vais querer ir aos sitios onde estiveram, como se à procura das recordações. lembrar-te só dos bons momentos pelas pequenas coisas. E vai doer-te o peito desmesuradamente. E vais ouvir as musicas que ouviram até se esgotar o MP3. E vais apagar as sms que ate hoje insistes em guardar, e queres apagar o mais e as mensagens FB ... e o numero, tirar o numero da memoria como quem rasga a folha de um livro e atira-la ao vento, que a leve e que te leve da angustia. mas... e a vida dá muitas voltas e só a vida te mostra o caminho. o caminho que percorrias podia ser só desvio. Ou então era o caminho principal e o desvio chegou agora. e voltarás...se assim tiver de ser. se estiver escrito. nas estrelas, mesmo que tenhas de apanhar comboio e andar kilometros por outro trilho. Eu sei que tens o coração em farrapos pelo que não sabes, pelo que perdeste e pela saudade. E eu sei que é. Mas também sei que a mulher que és vai tomar conta de ti.
Friday, September 24, 2010
vejam lá que bom é ler isto... :)
olá Ana, bom dia.. olha, em relação ao teu ulimo post no blog, no qual tu te descreves enquanto mulher e mãe (que será porventura o ponto mais alto das nossas vidas, a nossa realização plena), só queria dizer isto. Eu n t conheço, aliás, eu tive conhecimento da tua pessoa de uma forma muito pouco ortodoxa, mas a realidade é esta, gostei da pessoa de quem fui sabendo coisas aos pouquinhos. Portanto, acho que só deves estar orgulhosa de ti mesma, do que já adquiriste, do que já atingiste e, certamente daquilo que tens planeada para tua vida. Beijinhos..
Sabe tão bem... obrigada Clau!
leva-me os fantasmas e deixa-me recolher em ti. no colo. da-me colo. mimos e afaga-me o cabelo. afasta-me estas remelas da vida que carrego nos ombros. aponta a lanterna para a gruta onde me escondo e penteia-me os espinhos eriçados que despertam. não digas nada. no cumplice silencio deixa-me só sentir-te aí. segura-me.
Wednesday, September 22, 2010
mae
raramente exponho neste cantinho este meu lado, que não obstante estar presente em tudo que sou e me definir no mais profundo de mim, não vem pra cá.. só em apontamentos. Esta doente. coisa de putos, mas tira-me o sono e faz-me pensar na vida..nesta vida complicada que nos torna maes errantes, com a necessaria gestão de consciencia entre a profissional que temos e a mãe que somos. os tempos não se compadecem com a contemplação materna, o isntinto não cede às intrasigencias...
mas o meu retrato é verdadeiramente este. é o de uma mulher com agenda para gerir, filho para cuidar e emoções a resgatar.... sim, sou eu. num espaço virtual que partilho com o rimel e os desabafos, hoje me dispo.
Tuesday, September 21, 2010
vidas
"fui eu que inventei"...e nem sabes a importancia que isso tem. a P. chama "bidas" indescriminadamente às preocupações diarias que tem , o filho o jantar a cozinha, a bainha das calças... eu tenho da visão de vidas uma latitude mais vasta. um conjunto de pontos finais e virgulas que nos alteram o texto...da vida.
e nessas vidas que fomos tendo vamo-nos reinventando...mas repetindo os gestos, as palavras e os momentos, como se não aprendessemos, mas acima de tudo como se nesses gestos que tivemos, nos definissemos por eles. fazem parte de nós..do nosso estado hegueliano, e damos por nós a repetir sons, tiques e linguagens.. e é sempre bons saber que aquele é nosso, nasceu pq o despertamos. talvez por esta minha mania de ser territorial...
e logo hoje, que acaba o Verão... e começa a minha estação preferida...
Sunday, September 19, 2010
Tuesday, September 14, 2010
e é todos os anos a mesma coisa... e todos os dias o mesmo cheiro, a mesma luz e as mesmas cores... e de cada vez que espreito a vidraça, lá esta o Setembro, o mês que me faz mais feliz em que me sinto mais eu... o mes dos recomeços, do ano lectivo dos casacos e do por do sol..das folhas das vindimas e da marmelada... dos ultimos jantares de amigos na varanda e do bronzeado que se vai. Adoro Setembro... Adoro que vivas no meu Setembro.
Sunday, September 12, 2010
Friday, September 10, 2010
oferenda
foi assim que Ana, coberta com as quinquilharias mundanas da minha caixa, tomou de assalto a minha festa, varando com a peste no corpo o círculo que dançava, introduzindo com segurança, ali no centro, sua petulante decadência, assombrando os olhares de espanto, suspendendo em cada boca o grito, paralisando os gestos por um instante, dominando a todos com seu violento ímpeto de vida, (...) só tocando a terra com seus pés descalços, (...) toda ela cheia de uma selvagem elegância, e em torno dela a roda passou a girar cada vez mais veloz, mais delirante (...) ela sabia fazer as coisas essa minha irmã, esconder primeiro bem escondido sob a língua sua peçonha e logo morder o cacho de uva que pendia em bagos túmidos de saliva enquanto dançava no centro de todos, fazendo a vida mais turbulenta, tumultuando dores, arrancando gritos de exaltação (André, cap. 29, p.187-8).
Lavoura Arcaica de Raduan Nassar
Lavoura Arcaica de Raduan Nassar
Thursday, September 09, 2010
Wednesday, September 08, 2010
"O principezinho, que assistia à instalação de um enorme botão, bem sentiu que sairia dali uma aparição miraculosa; mas a flor não acabava mais de preparar-se, de preparar sua beleza, no seu verde quarto. Escolhia as cores com cuidado. Vestia-se lentamente, ajustava uma a uma sua pétalas. Não queria sair, como os cravos, amarrotada. No radioso esplendor da sua beleza é que ela queria aparecer. Ah! Sim. Era vaidosa. Sua misteriosa toalete, portanto, durara dias e dias. E eis que uma bela manhã, justamente à hora do sol nascer, havia-se, afinal, mostrado. E ela, que se preparava com tanto esmero, disse, bocejando:
- Ah! Eu acabo de despertar... Desculpa... Estou ainda toda despenteada...
O principezinho, então, não pôde conter o seu espanto:
- Como és bonita!
- Não é? Respondeu a flor docemente. Nasci ao mesmo tempo que o sol...
O principezinho percebeu logo que a flor não era modesta. Mas era tão comovente!
- Creio que é hora do almoço, acrescentou ela. Tu poderias cuidar de mim...
E o principezinho, embaraçado, fora buscar um regador com água fresca, e servira à flor. Assim, ela o afligira logo com sua mórbida vaidade. Um dia por exemplo, falando dos seus quatro espinhos, dissera ao pequeno príncipe:
- É que eles podem vir, os tigres, com suas garras!
- Não há tigres no meu planeta, objetara o principezinho. E depois, os tigres não comem erva. Não sou uma erva, respondera a flor suavemente.
- Perdoa-me...
- Não tenho receio dos tigres, mas tenho horror das correntes de ar. Não terias acaso um pára-vento? "Horror das correntes de ar... Não é muito bom para uma planta, notara o principezinho. É bem complicada essa flor..."
- À noite me colocarás sob a redoma. Faz muito frio no teu planeta. Está mal instalado. De onde eu venho...
Mas interrompeu-se de súbito. Viera em forma de semente. Não pudera conhecer nada dos outros mundos. Humilhada por se ter deixado apanhar numa mentira tão tola, tossiu duas ou três vezes, para pôr a culpa no príncipe:
- E o pára-vento?
- Ia buscá-lo. Mas tu me falavas...
Então ela redobrara a tosse para infligir-lhe remorso. Assim o principezinho, apesar da boa vontade do seu amor, logo duvidara dela. Tomara a sério palavras sem importância, e se tornara infeliz.
"Não a devia ter escutado - confessou-me um dia - não se deve nunca escutar as flores. Basta olhá-las, aspirar o perfume. A minha embalsamava o planeta, mas eu não me contentava com isso. A tal história das garras, que tanto me agastara, me devia ter enternecido..."
Confessou-me ainda:
"Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava... Não devia jamais ter fugido. Devia ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar." O principezinho arrancou também, não sem um pouco de melancolia, os últimos rebentos de baobá. Ele julgava nunca mais voltar. Mas todos esses trabalhos familiares lhe pareceram, aquela manhã, extremamente doces. E, quando regou pela última vez a flor, e se dispunha a colocá-la sob a redoma, percebeu que estava com vontade de chorar.
- Adeus, disse ele à flor.
Mas a flor não respondeu.
- Adeus, repetiu ele.
A flor tossiu. Mas não era por causa do resfriado.
- Eu fui uma tola, disse por fim. Peço-te perdão. Trata de ser feliz.A ausência de censuras o surpreendeu. Ficou parado, inteiramente sem jeito, com a redoma no ar. Não podia compreender essa calma doçura.
- É claro que eu te amo, disse-lhe a flor. Foi por minha culpa que não soubeste de nada. Isso não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Trata de ser feliz... Mas pode deixar em paz a redoma. Não preciso mais dela.
- Mas o vento...
- Não estou assim tão resfriada... O ar fresco da noite me fará bem. Eu sou uma flor.
- Mas os bichos...
- É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas! Do contrário, quem virá visitar-me? Tu estarás longe... Quanto aos bichos grandes, não tenho medo deles. Eu tenho as minhas garras.
E ela mostrava ingenuamente seus quatro espinhos. Em seguida acrescentou:
- Não demores assim, que é exasperante. Tu decidiste partir. Vai-te embora!
Pois ela não queria que ele a visse chorar. Era uma flor muito orgulhosa... E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar. "
( Principezinho- A.Saint-Exuperí")
- Ah! Eu acabo de despertar... Desculpa... Estou ainda toda despenteada...
O principezinho, então, não pôde conter o seu espanto:
- Como és bonita!
- Não é? Respondeu a flor docemente. Nasci ao mesmo tempo que o sol...
O principezinho percebeu logo que a flor não era modesta. Mas era tão comovente!
- Creio que é hora do almoço, acrescentou ela. Tu poderias cuidar de mim...
E o principezinho, embaraçado, fora buscar um regador com água fresca, e servira à flor. Assim, ela o afligira logo com sua mórbida vaidade. Um dia por exemplo, falando dos seus quatro espinhos, dissera ao pequeno príncipe:
- É que eles podem vir, os tigres, com suas garras!
- Não há tigres no meu planeta, objetara o principezinho. E depois, os tigres não comem erva. Não sou uma erva, respondera a flor suavemente.
- Perdoa-me...
- Não tenho receio dos tigres, mas tenho horror das correntes de ar. Não terias acaso um pára-vento? "Horror das correntes de ar... Não é muito bom para uma planta, notara o principezinho. É bem complicada essa flor..."
- À noite me colocarás sob a redoma. Faz muito frio no teu planeta. Está mal instalado. De onde eu venho...
Mas interrompeu-se de súbito. Viera em forma de semente. Não pudera conhecer nada dos outros mundos. Humilhada por se ter deixado apanhar numa mentira tão tola, tossiu duas ou três vezes, para pôr a culpa no príncipe:
- E o pára-vento?
- Ia buscá-lo. Mas tu me falavas...
Então ela redobrara a tosse para infligir-lhe remorso. Assim o principezinho, apesar da boa vontade do seu amor, logo duvidara dela. Tomara a sério palavras sem importância, e se tornara infeliz.
"Não a devia ter escutado - confessou-me um dia - não se deve nunca escutar as flores. Basta olhá-las, aspirar o perfume. A minha embalsamava o planeta, mas eu não me contentava com isso. A tal história das garras, que tanto me agastara, me devia ter enternecido..."
Confessou-me ainda:
"Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava... Não devia jamais ter fugido. Devia ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar." O principezinho arrancou também, não sem um pouco de melancolia, os últimos rebentos de baobá. Ele julgava nunca mais voltar. Mas todos esses trabalhos familiares lhe pareceram, aquela manhã, extremamente doces. E, quando regou pela última vez a flor, e se dispunha a colocá-la sob a redoma, percebeu que estava com vontade de chorar.
- Adeus, disse ele à flor.
Mas a flor não respondeu.
- Adeus, repetiu ele.
A flor tossiu. Mas não era por causa do resfriado.
- Eu fui uma tola, disse por fim. Peço-te perdão. Trata de ser feliz.A ausência de censuras o surpreendeu. Ficou parado, inteiramente sem jeito, com a redoma no ar. Não podia compreender essa calma doçura.
- É claro que eu te amo, disse-lhe a flor. Foi por minha culpa que não soubeste de nada. Isso não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Trata de ser feliz... Mas pode deixar em paz a redoma. Não preciso mais dela.
- Mas o vento...
- Não estou assim tão resfriada... O ar fresco da noite me fará bem. Eu sou uma flor.
- Mas os bichos...
- É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas! Do contrário, quem virá visitar-me? Tu estarás longe... Quanto aos bichos grandes, não tenho medo deles. Eu tenho as minhas garras.
E ela mostrava ingenuamente seus quatro espinhos. Em seguida acrescentou:
- Não demores assim, que é exasperante. Tu decidiste partir. Vai-te embora!
Pois ela não queria que ele a visse chorar. Era uma flor muito orgulhosa... E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar. "
( Principezinho- A.Saint-Exuperí")
sabes que mais, não gosto de merdas. não gosto MESMO de inquietudes e inconstancias. não gosto de saber que mexem no meu queijo. Não gosto de sentir que uma refeição gourmet é um buffet. não gosto que invadam o meu tempo. não gosto de adormecer com insoluveis.
like it simple. like it plain. basic.
é que esta parva que há em mim ja me anda a dar cabo dos nervos!
Monday, September 06, 2010
Falava-se no café de relações. E fiquei a pensar como lido eu com isso? Acho que que cada um age de acordo com a forma como se sente, com as vidas que já teve, com a experiência, com bom senso. Eu procuro ser serena. Não sou de entregas avassaladoras nos primeiros momentos. Não é não gostar, que às vezes também faz falta.
Não sei o que é. É assim. Talvez seja medo. Talvez porque não consigo conceber entregar-me completamente a quem e com quem ainda não construi nada. Passo a passo as coisas fazem muito mais sentido. Porque sou calma, não gosto de pressas. Gosto de saborear... por muito gulosa que seja. Porque quero construir. Porque me preocupo em deixar este mundo um bocadinho melhor do que o encontrei e isso passa por saber gerir os meus afectos e das pessoas que me rodeiam. Porque me entrego e levo algo de novo a quem se cruza comigo. E trago também. Cada pessoa é sempre vista como uma bênção. Mesmo nos maus momentos. Porque, como ensina o Principezinho, torno-me responsável por aquilo que cativo. E à medida que vou crescendo, vivendo, percebo cada vez mais o sentido da frase. A minha lucidez racional consegue dar-me as coordenadas para um comportamento pautado de reservas em vez de entregas. vou a medo... com calma. Não entro no espaço do outro de forma invasiva.
Mas acima de tudo, quero ser sempre eu, e não aquilo que esperam que eu seja.
Não sei o que é. É assim. Talvez seja medo. Talvez porque não consigo conceber entregar-me completamente a quem e com quem ainda não construi nada. Passo a passo as coisas fazem muito mais sentido. Porque sou calma, não gosto de pressas. Gosto de saborear... por muito gulosa que seja. Porque quero construir. Porque me preocupo em deixar este mundo um bocadinho melhor do que o encontrei e isso passa por saber gerir os meus afectos e das pessoas que me rodeiam. Porque me entrego e levo algo de novo a quem se cruza comigo. E trago também. Cada pessoa é sempre vista como uma bênção. Mesmo nos maus momentos. Porque, como ensina o Principezinho, torno-me responsável por aquilo que cativo. E à medida que vou crescendo, vivendo, percebo cada vez mais o sentido da frase. A minha lucidez racional consegue dar-me as coordenadas para um comportamento pautado de reservas em vez de entregas. vou a medo... com calma. Não entro no espaço do outro de forma invasiva.
Mas acima de tudo, quero ser sempre eu, e não aquilo que esperam que eu seja.
Friday, September 03, 2010
Gosto de dias de chuva. De a ver cair na vridraça. De ficar enrolada numa manta quente no sofa. Num qualquer sofá. Gosto da praia no Inverno. Mas também gosto de fins de tarde de verão. Gosto de sentir o sol a entrar-me na pele. Gosto de ver o Afonso a dormir. Dá-me paz e não sei porquê. Gosto de conduzir a ouvir musica aos berros. Gosto de conduzir. Gosto de melancia e de pessegos. Gosto de ir ao cinema. Bem acompanhada. Gosto de musica. muito. Gosto de musica portuguesa.de entender as letras e amplitudes. Gosto de concertos. Gosto do Porto. Do Douro. Do Vinho do Porto. Da baixa. Dos eclaires da quinta do paço. dos batidos de banana da itaipi. gosto das empadas da Sical. Da praia da madalena. do lounge. Gosto de massa. Gosto de vinho branco. gelado. frutado. Gosto de me sentir menina. de aneis, de colares, de cremes milagrosos e de cheiros. Gosto de me sentir em casa. Gosto de andar descalça. Gosto de jantar fora. De sangria. De caipirinha, mojitos e margaritas. Gosto do primeiro café que tomo de manhã. gosto de pequeno almoço. gosto de sumo e fruta e queijo. Gosto de iogurtes. gos de coca cola. Gosto de amigos. Muito. Gosto de pintar. Gosto de liberdade. Gosto de colo. Gosto de mão que me segura mesmo quando espreito no abismo. Gosto de Jornais. Telejornais. Gosto de esplanadas. Gosto de debates. Gosto de politica. Gosto de cães, margaridas e orquideas. Gosto de chocolate, bolachas e gelado. Gosto de Toblerone. Gosto de chá Gosto do cheiro a bolos acabados de fazer e a pão quente. Não gosto de engordar. Gosto de palavras que me beijam na boca. Que as há. Só palavras. Gosto de beijos na boca. E de percorrer cicatrizes com os dedos. Gosto de ti. Gosto de festas na cara. De abraços apertados. E do mais que vier. Gosto dos teus olhos. Gosto de seduzir. E de ser seduzida. Gosto de rir. Gosto estupidamente de rir. Gosto de ler. Gosto de livros. Gosto de feiras dos livros e alfarrabistas. Gosto de viajar. Gosto de cidades antigas. Gosto de vilas. Gosto do céu estrelado no Verão. Gosto de gente. Gosto de pessoas. Das boas. Gosto de franqueza. Fidelidade. Sinceridade. Gosto de valores. Gosto de bom senso. De audácia e coragem. Gosto de ficar em casa com amigos. Gosto de sair pela noite fora. Gosto de Justiça. Do direito. Gosto da minha profissão. Gosto de estudar. Gosto de ensinar. Gosto de evoluir. Sempre mais e mais. Gosto de aprender. Gosto de compras. Gosto de calças de ganga. Gosto de saltos altos. Gosto de perfume. E de futilidades. Gosto de dormir. E de poder acordar tarde. adormecer depois de almoço. Gosto de um homem perfumado. Gosto de uma boa conversa. Gosto de ouvir histórias de amor. E comover-me com elas. Gosto de desafios. Gosto de coisas simples. Gosto disto e daquilo. Gosto de tudo isto e muito mais. gosto do meu blog. Gosto.
Thursday, September 02, 2010
- Meu caro Kafka, a maioria das pessoas chega a um ponto na vida em que já não se pode voltar atrás. E, em raríssimos casos, a um ponto em que já não é possível avançar. E quando se chega a esse ponto, não temos outro remédio senão aceitar calmamente o facto consumado. Só assim é que se sobrevive.
Haruki Murakami, in Kafka À Beira-Mar
Haruki Murakami, in Kafka À Beira-Mar
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