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Wednesday, October 12, 2011
Saturday, October 08, 2011
Thursday, October 06, 2011
Quero o teu amor porque é a tua fraqueza e o meu poder sobre ti
ROUBEI.
Diz-me, o que é que eu faço de ti? Como arranco cá de dentro essa tua loucura peganhenta que se me colou à pele? Uma incisão, por onde te espremerei como pus? Queimo a ferida? Arranco os membros, um a um, esvaio-me em sangue para me esvair de ti? Ando doida, pior que tu. Não sei se por osmose se por cansaço extremo, um rancor nauseante transforma-se-me rapidamente numa sede de beijo e, logo depois, numa raiva insustida, num ensejo, numa brutalidade cortante. Quero estar linda quando te apareço para te fechar as pernas, recusar-te o toque, atirar-te à cara com a minha vontade dos outros, que me esforçarei por fingir. Quero magoar-te e levar-te em braços. Dar-te colo enquanto te espeto de mansinho nas costas abandonadas um objecto longo e perfurante, que te ronde algum orgão vital, sem te matar para que nunca deixes de me cheirar, para que os teus sentidos se mantenham todos alerta, na minha direcção, sempre. Diz-me, a quem te entrego para que te cuidem, para que eu possa cuidar de mim? Quero infundir-te desespero, provocar-te lágrimas, e depois lambê-las. Quero-te longe e ainda mais te quero perto, à mercê dos meus pés, das minhas mãos, das minhas traições inventadas, dos meus devaneios controladores. Ando tresloucada e ciumenta, mas apetece-me entregar-te a todas, para ter motivo válido para te arrasar e fazer com que te enroles a um canto como um bicho, consumido pela culpa, arrependido pelo que achaste que perdeste. Quero que sofras, nem que isso acabe comigo. Quero ter a certeza de que nunca seremos felizes e esfregar-to na cara enquanto te pego na mão e te levo a passear, namorados insuspeitos, numa aparência de normalidade. E, de repente, o meu riso cínico que ecoa na tua estupefacção, a frase maldita que te enfraquece os joelhos. A provocação, quero a provocação, o quereres e não teres, a machadada final na esperança, o agora sim mas afinal não, o devolver-te a disfuncionalidade que plantaste em mim como uma semente negra, uma cruz do avesso pendurada na parede. Quero o teu amor porque é a tua fraqueza e o meu poder sobre ti. Agora diz-me, o que é que eu faço de mim?
Tuesday, October 04, 2011
e como o prometido é devido, cá estamos nós. de malas e bagagens, todos os dias um novo post! hoje fica uma frase do filme Barney´s Version
“Life’s real. It’s made up of little things, minutes, hours, naps, errands, routine. And it has to be enough."
Monday, October 03, 2011
vou recomeçar a escrever.. apetece-me. na verdade porque sei que escrevo para um vazio virtual. venho cá agora e sempre, terapeuticamente. sem mascaras e mesmo sem assunto, venho ca deixar a minha marca, porque sei que um dia me relerei e recordarei de quem sou..ola! cá estou de porta aberta e pronta para voar!
roubei
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Todos temos em algum momento um coração partido. Rasgaram-nos a pele sem a mínima contenção pelos estragos que pudessem ser causados. Foderam-nos a razão, a emoção e tudo o que de mais veio à mão. Sem dó nem piedade, deixaram-nos na merda. Somos infelizes naqueles momentos que se seguem. Incapazes de sorrir ou tolerar a companhia seja de quem for. Só nos suportamos a nós, e mesmo assim a custo. Vemos o nosso reflexo no espelho e o que este nos retribui é uma figura pálida, triste e nua que nos olha com aqueles olhos que já nada sentem.
Como é possível que alguém nos mate e mesmo assim nos deixe com vida, com o único propósito de assistirmos a esta merda de existência? Começamos a questionar o que é o amor, o que é a paixão, começamos a racionalizar o porquê, o quando e o como. Não vale a pena, é o que é, foi o que foi. E o que resulta é isto. O nosso reflexo no espelho. Uma figura escanzelada, desprovida de compaixão própria. Mera existência que agora somos.
Achamos que nunca vai acabar. Somos a personificação do sofrimento. Até a um dia. Um dia olhamos para o espelho e vemos um sorriso. Questionamos, o que raio está aquilo ali a fazer. Intrigados sorrimos de novo só para o ver. É genuíno. Temos prazer no sorriso. No dia seguinte descobrimos a razão. Estamos livres. Somos nós novamente. Não há mais dor. Acabou. Não morremos.
Até ao dia. Em que nos tocam e ficamos a olhar para aquela pele que toca na nossa e nos sentimos a sorrir novamente. Merda, e agora? Vamos passar por tudo novamente? Mas agora é diferente, não sentimos dor, mas um sufoco. Questionamos e agimos como parvos que perderam o jeito para andar. Tropeçamos em nós próprios e tentámos a custo aguentarmo-nos. Onde havia dor há agora parvoíce. Mas sentimo-nos vivos. O nosso reflexo ganha cor, ganha existência, sorri-nos de volta.
Todos temos em algum momento um coração partido. Rasgaram-nos a pele sem a mínima contenção pelos estragos que pudessem ser causados. Foderam-nos a razão, a emoção e tudo o que de mais veio à mão. Sem dó nem piedade, deixaram-nos na merda. Somos infelizes naqueles momentos que se seguem. Incapazes de sorrir ou tolerar a companhia seja de quem for. Só nos suportamos a nós, e mesmo assim a custo. Vemos o nosso reflexo no espelho e o que este nos retribui é uma figura pálida, triste e nua que nos olha com aqueles olhos que já nada sentem.
Como é possível que alguém nos mate e mesmo assim nos deixe com vida, com o único propósito de assistirmos a esta merda de existência? Começamos a questionar o que é o amor, o que é a paixão, começamos a racionalizar o porquê, o quando e o como. Não vale a pena, é o que é, foi o que foi. E o que resulta é isto. O nosso reflexo no espelho. Uma figura escanzelada, desprovida de compaixão própria. Mera existência que agora somos.
Achamos que nunca vai acabar. Somos a personificação do sofrimento. Até a um dia. Um dia olhamos para o espelho e vemos um sorriso. Questionamos, o que raio está aquilo ali a fazer. Intrigados sorrimos de novo só para o ver. É genuíno. Temos prazer no sorriso. No dia seguinte descobrimos a razão. Estamos livres. Somos nós novamente. Não há mais dor. Acabou. Não morremos.
Até ao dia. Em que nos tocam e ficamos a olhar para aquela pele que toca na nossa e nos sentimos a sorrir novamente. Merda, e agora? Vamos passar por tudo novamente? Mas agora é diferente, não sentimos dor, mas um sufoco. Questionamos e agimos como parvos que perderam o jeito para andar. Tropeçamos em nós próprios e tentámos a custo aguentarmo-nos. Onde havia dor há agora parvoíce. Mas sentimo-nos vivos. O nosso reflexo ganha cor, ganha existência, sorri-nos de volta.
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